quinta-feira, novembro 23, 2006

Não me pagaram para fazer publicidade, nem sequer faço parte da rede:P Mas isto estava afixado na minha faculdade e gostei do texto, até porque algumas das coisas citadas já vão mesmo fazendo falta!

"Hey. Anda cá. Tens 2 minutos? Ou fazem-te falta? Sabes o que faz realmente falta? Mais loucura. Mais malucos. Não os "grandes malucos" mas os verdadeiros e as verdadeiras. Aqueles que perdem tempo a falar com os pombos; que vêem quadros onde os outros só vêem paredes; os aventureiros e as aventureiras que acreditam, ainda, haver qualquer coisa no fim do arco-íris. O verdadeiro poder é tu decidires o mundo à tua volta; questionar o estabelecido, as certezas e os costumes, para acreditar que tudo pode ser diferente. É preciso mais absurdo, mais ideias insensatas. Cinco bailarinas a jogar à bola de tutu cor-de-rosa. Passeios cobertos com relva e flores. Ou, muito simplesmente, trepar a uma árvore quando te apetece. Tu é que mandas. Se gostas de música pirosa, gostas e pronto. Queres cantar alto no meio da rua, deixa-te ir. Se preferes não dar muito nas vistas, anda nas calmas. É preciso ritmo e dançarmos e darmos abraços e beijinhos. O importante é levarmos tudo mais a brincar; até as coisas sérias."

quinta-feira, novembro 16, 2006

A Falta Que Tu Fazes (talvez sem saber)...

Pouco mais da 1h da manhã. É já dia 17.
O telefone toca. Prenúncio de uma notícia já esperada.
Fecho o livro. Aguardo. De qualquer maneira, adivinho o motivo de tal telefonema, a hora tão tardia.
E então a reacção. O silêncio que sucedeu o "Está?" termina com um "Ai pá..." que nada tem de filosófico, e que confirma aquilo que já sabia.
A notícia. O livro pousado na mesa. A luz apagada. O correr para a cama.

No dia seguinte, o arranjar tudo à pressa e voltar para Lisboa. Mais tarde haverá tempo para vir buscar o resto. A noite passou tão devagar. Nunca mais era manhã. E o sono que teimou em desaparecer para dar lugar a um vazio tão grande...

A falta que vais fazer... A falta que fazes. As perguntas que nunca mais serão feitas. Aquele "Hoje é Sábado. Último dia da semana. A boa acção está feita?" que já fazia parte de practicamente todas as semanas. As queixas por um cabelo comprido de mais ou umas calças no lugar de uma saia("Que "rapazinho" é este?").

E é claro. A lembrança de tudo o que passou. A lembrança de tudo o que queríamos ter feito e não fizémos. O "queria ter estado uma última vez". As promessas feitas e não cumpridas ("E eu não cheguei a cortar o cabelo para te mostrar, como tinhas pedido"). A eterna culpa por não termos dito tudo o que queríamos só porque não tínhamos assim tanto àvontade. O "Tenho que lhe dizer, porque qualquer dia é tarde demais" que se tornou realmente "tarde demais". O que ficou por dizer. "Gosto muito de ti"!

Mas a hora veio, e ela veio ter contigo. Já a esperavas, eu sei. Estás com ela, feliz de novo.
Nunca quiseste dar trabalho. Nunca deste. Talvez pensasses que não, mas fazes falta. As piadas, os risos, até os "ralhetes".

E às vezes a noite ainda custa a passar. Quando se pensa no próximo fim de semana que virá sem as perguntas, os comentários, as piadas. O vazio volta, e só se pode acreditar que estás ali, com ela, que os dois cuidam de nós, nos limpam as lágrimas e nos fazem continuar em frente.

Abre-se o livro. É tempo de seguir em frente.
Fica onde estás. Fica connosco. No nosso coração.
Talvez nunca tivesses imaginado tal, mas fazes falta.

E eu gosto muito de ti!

A imaginação é que conta:P

Hoje li isto, e achei que poderia interessar a alguém, especialmente a grande citação filosófica final!

Num teste:

Questão discursiva
Os fungos são bastante úteis, mas também são muitas vezes nocivos aos interesses humanos. Cite e justifique dois aspectos positivos e negativos sobre a importância dos fungos.

R: Os fungos realmente são bastante nocivos aos interesses humanos. Fungando, uma pessoa pode estar inalando milhões e milhões de vírus e bactérias do ambiente em que se respira. Mas há também a utilidade. Uma boa fungada pode efectivamente retirar aquele catarro preso na garganta, sendo que quanto maior o som emitido pela fungada, maior é a sua eficiência e precisão na retirada daquela substância indesejada. Há quem diga que fungar é porcaria, mas pesquisas científicas revelam que, além de serem métodos eficientes, as fungadas fazem parte do dia-a-dia de pessoas em todo o mundo. É como diz a famosa frase: "Aquele que nunca deu uma fungada que atire a primeira pedra".


Sem comentários! Viva a fungadela:P

domingo, novembro 12, 2006

Fragilidade

Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós se precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera

Houvesse um canto para se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse como um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve

Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar

E é tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra e já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve

Mafalda Veiga


Ando com esta música na cabeça. Bem me sabia que por vezes o tempo parasse.
Porque tenho a mania de me precipitar...

sexta-feira, novembro 10, 2006

O Bom da vida de Escuteiro

Como não podia deixar de ser, uma coisinha relactivamente à "outra" (mas que está sempre presente) parte da minha vida.
Um texto que me enviaram uma vez, e que acho que todos os Escuteiros gostariam de ler:) É impossível não dizer "É mesmo assim!".

Alguns dos melhores momentos nos SCOUTS:

* O teu compromisso de honra;
* Obter a tua máxima insígnia;
* Cantar à volta de uma fogueira;
* Apaixonares-te num acampamento;
* Usar com orgulho o nosso uniforme em todas as circunstâncias;
* Fazer uma actividade à chuva;
* Acampar depois de uma longa caminhada;
* Fazer amigos;
* Poder ajudar quem precisa;
* Comer do mesmo prato e beber do mesmo copo que a tua equipa ou clã;
* Contar anedotas quando não se tem nada para fazer;
* Deitares-te a ver as estrelas;
* Fazer de 1 amigo, 1 Escuteiro;
* Praxar toda a gente que esteja a dormir;
* Contar histórias de noite;
* Suportar a altura das necessidades (quando não se tem papel...=þ);
* Ensinar algo a alguém mais novo que tu;
* Fazeres um bom trabalho e orgulhares-te dele;
* Cantar os hinos das tuas melhores actividades;
* Comemorar o aniversário de agrupamento com todos os que também fazem parte dele;
* Sair directo de 1 acampamento ou actividade para o banho;
* Saber o que fazer num acidente;
* Aqueceres-te à beira da fogueira na altura do frio;
* Sentir que não estás só;
* Saber o que significa um "irmão escuteiro";
* Participar numa cerimónia;
* Dar o grito de patrulha/equipa;
* Partilhar tudo o que tens;
* Perderes-te e depois achares o caminho certo;
* A diferença com que vais e voltas de uma actividade e o estado do teu uniforme;
* Servir sem esperar nada em troca;
* Chegar a velho e sentir o mesmo espírito Escutista de sempre;
* Ter amigos em todo o mundo e mesmo distantes, continuar a recordá-los com saudade;
* Recordar esse último grande abraço, como o primeiro de uma grande amizade;

E claro, um bom Fogo-de-Conselho e aqueles momentos musicais, em que todos se juntam à volta de uma guitarra, com um cancioneiro no colo (ou não), e cantam tudo o que vem à cabeça!
Escuteiros?? São a minha droga:P

Quando não temos o que fazer...

E como sempre que se começa algo novo, este vem sempre acompanhado por uma ânsia enorme de estar sempre a trabalhar nesse "novo", cá vai mais qualquer coisinha.

Nada de mais. Só decidi compartilhar um idéia que tomou conta de mim nessa bela terça-feira, dia 7 de Novembro, dia de greve de metropolitano, e que me valeu uma bela viagem de 2h30 do Sr. Roubado até à minha faculdade. E como numa viagem assim não temos muito que fazer a não ser tentar desesperadamente encontrar um bocadinho de oxigénio entre o ar carregado (nunca percebi muito bem porque é que as pessoas, quando o autocarro está mais cheio, decidem viajar em grande sauna comunitária, sem uma única brechinha de janela aberta), e espaço para os pés, tentando ao máximo evitar as pisadelas, mesmo que tentemos evitá-lo acabamos sempre por ouvir as conversas das pessoas, e reparar naquelas situações que designamos "típicas de autocarro", que nos deixam inspirados em ir em frente com um blog (onde somos livres para escrever pensamentos-de-autocarro idiotas como este:P).

Portanto, ia eu esborrachada entre duas senhoras e o separador do motorista, quando me chegou aos ouvidos um simples comentário de uma senhora, que se sentou num banco e disse "este calor... deixa uma pessoa mal-disposta!". E como típica situação de autocarro, este simples comentário desencadeou logo ali uma conversa que durou o resto da viagem até ao Campo Grande, porque uma senhora (que tinha entrado toda subtilmente-refilona no autocarro) decidiu aproveitar a deixa para responder ao comentário retórico da primeira com uma bela dissertação sobre o mau-jeito da greve do metro, e que eles prejudicavam era os utentes e não os alvos das suas queixas, etc, etc, etc, que atingiu o ponto alto com um "sabe porque é que eles estão a fazer isto? Porque há mais de 12 anos que eles são obrigados a..." blá, blá, blá!

Aqui foi onde eu desliguei, olhei para a janela (pelo espaço que me era dado a ver), e me entreguei ao pensamento de "É incrível como quando no autocarro alguém decide fazer um comentário simpático, para evitar a monotonia, logo alguém aproveita o facto para ali soltar as suas raivas, dúvidas, angústias e pontos de vista, ou até mesmo dar a sua opinião em relação às razões porque certa coisa acontece, completamente fora de contexto, simplesmente porque lhe deram conversa!". Vale-nos o podermo-nos sempre rir um bocadinho com a conversa que surge!

Típico de autocarro...:)

quinta-feira, novembro 09, 2006

"O que te posso dizer" ou "As coisas simples da vida":)

Já há um tempo que pensava nisto, e hoje, finalmente, decidi juntar-me a esta nova moda dos blogs. E porquê começar assim?
Ontem disse a alguém que gostava das coisas simples da vida. Muito banal, eu sei. Toda a gente diz isso, talvez porque seja já um cliché dizer que se gosta das coisas simples, mas a verdade é que quando se pára para pensar no assunto como deve ser, vemos que são essas as coisas que nos fazem sentir realmente bem.
E porque não fui muito específica na resposta que dei, aqui vai. Já é conhecido, mas tomei a liberdade de acrescentar algumas minhas (e apagar/editar outras), para dar um ar mais pessoal à coisa:)

As Coisas (Simples) Boas da Vida

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto que até as faces doem.
3. Um chuveiro quente.
4. Um olhar especial.
5. Receber correio (que não sejam cartas do Banco ou assim).
6. Conduzir (ou simplesmente caminhar) numa estrada/caminho linda/o.
7. Ouvir no rádio a nossa música preferida.
8. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
9. Toalhas quentes acabadas de ser passadas ou aquecidas.
10. Batido de morango (ou outro fresquinho).
11. Uma chamada de longa distância desejada.
12. Um banho de espuma.
13. Rir baixinho.
14. Uma boa conversa.
15. A praia.
16. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
17. Rir-se de si mesmo.
18. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
19. Rir por nenhuma razão especial.
20. Alguém que te diz bem de ti (sinceramente).
21. Rir de uma anedota que te vem à memória.
22. Amigos.
23. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
24. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
25. O primeiro beijo (ou o primeiro com um novo parceiro).
26. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
27. Brincar com um cachorrinho, ou um gato (ou uma vaca, ovelha, cavalo... :P).
28. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
29. Belos sonhos.
30. Chocolate quente.
31. Fazeres-te à estrada com amigos.
32. Andar num baloiço.
33. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal, comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
34. Letra de canções nas capas de CD para poderes cantá-las sem te sentires estúpido(a).
35. Assistir a um bom espectáculo.
36. Trocar um olhar com um(a) belo(a) desconhecido(a).
37. Ganhar (justa e divertidamente) um jogo renhido.
38. Fazer bolachas de chocolate (ou fazer doces, de modo geral).
39. Receber, de amigos, biscoitos feitos em casa (ou qualquer outro presente original, inclusivé bolsinhas para o passe feitas em folhas do Destak:)).
40. Passar tempo com amigos íntimos.
41. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
42. Andar de mão dada com quem gostamos.
43. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas, boas ou más, nunca mudam.
44. Patinar sem cair.
45. Observar a alegria de alguém que está a abrir um presente que lhe
ofereceste.
46. Ver o nascer-do-sol, ou o pôr-do-sol.
47. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer um novo dia.

* Ler um livro e ir imaginando todos os pormenores
* Cantar baixinho, para mim, na rua
* Passar numa estrada onde as árvores formam uma cúpula
* Deitar-me na relva e ficar a olhar para a luz a passar entre as folhas
* Dormir ao ar livre
* Acampar
* O cheiro a "acampamento" (aquele cheiro tão característico dos acampamentos e que não se consegue explicar)
* Dormir na praia, logo de manhãzinha, ou deitada na relva, à sombra de uma árvore
* Ficar parada a sentir a brisa passar e o cheiro a Natureza
* Sentir a água à volta dos tornozelos (na praia, num lago)
* Rir sozinha (quando nos dá vontade de rir no autocarro, por exemplo)
* Um abraço apertado
* Criar grandes projectos mirabolantes
* Pisar folhas secas, e ouvi-las a estalar
* Caminhar sobre pocinhas de água, e ouvir o "shap, shap"
* Andar descalça sobre relva fôfa
* Florestas e paisagens místicas

Começar com pseudo-lamechices parece-me bem:)